segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


Aconteça o que acontecer eu amar-te-ei para sempre, nunca me irei esquecer de ti.
E por ti, toda a vida esperarei pois para mim és aquele com quem quero ficar o resto da vida, até ao fim da minha vida.
Nunca voltarei a amar deste modo e irei sempre vaguear pelo mundo meio perdida, nunca serás apenas um na caixa das recordações, pois ficarás sempre guardado no meu coração.
Por todas as coisas que passámos, todas as situações, as lembranças de nós dois nunca desaparecerão…
Aconteça o que acontecer, nunca serás esquecido por mim, para toda a eternidade serás amado, Em mim terás sempre um porto de abrigo para quando te sentires só ou desamparado, Estarei sempre aqui a esperar por ti, até a minha vida se desvanecer, pois contigo conheci coisas que nunca antes conheci e vi coisas que sem ti nunca voltarei a ver.
O meu coração viverá só na ânsia de viver ao lado do teu novamente.
Se tudo isto acabar, não tendo outra solução, Sei com toda a certeza, que te irei amar eternamente.
Não imaginas o que tens feito por mim, o quanto me ajudaste... O quanto é bom sentir-se amado... O meu coração era só um vaso velho, sem flores ou vida... Um ser inanimado. Partido com o tempo e envelhecido com as partidas. Gasto e rachado pelo passar dos dias, sem mais raízes a crescer, ou vida a esperar, sem esperança, nem futuro... sem nada...só passado.
Galhos secos no pó revirado da terra seca, barro em cacos cheio de vida morta, pedra e folhas secas... uma ruína... Tu vieste... como uma semente de nada, fruto do acaso, força da natureza, como uma erva daninha, que pega e cresce,
contra a vontade de tudo e todos... contra a própria vontade da terra morta que te acolheu...
Vingaste...
Cresceste...
apoderaste-te lentamente de mim... envolvendo a raiz do teu ser em todo o meu coração, até que a terra que o enchia, não se distinguia mais da raiz que lá puseste.
E cresceste triunfante no escombro do meu vaso partido, tornaste-te a raiz que agora o segura, a flor que o embeleza... a vida que ele tem.. e não há maneira de te arrancar, sem te levar sempre junto comigo...



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Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

Autor Pablo Neruda

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