sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Carta Aberta
Existem momentos na vida em que a gente percebe que algumas histórias chegaram ao fim, e não por falta de tentativa ou de amor, mas por excesso de decepção e cansaço. Fui paciente, abri minha vida, meu coração, e coloquei minha confiança em você. Achei que tínhamos uma conexão especial, uma cumplicidade que poucos entendiam e que talvez nunca fosse se quebrar. Você era minha 'casa', o lugar para onde eu sempre quis voltar, onde me sentia segura, mesmo nos dias mais difíceis.
A vida nos colocou frente a frente depois de tantas indas e voltas, como se fosse um plano traçado. No começo, o reencontro foi bonito, cheio de esperança e emoção, mas com o tempo, o brilho se desgastou. Vi você se transformar em alguém que eu já não reconhecia, alguém que magoava com palavras ásperas, que agia com desrespeito em momentos que pediam carinho e empatia. O amor, que devia ser a base, se transformou em um peso, em algo que eu carregava sozinha, tentando sustentar.
Eu me permiti sonhar com um futuro ao seu lado, acreditei que poderíamos superar qualquer desafio, mas você me mostrou, de forma dura e impiedosa, que certas batalhas não valem a pena. Seus atos, suas decisões - cada detalhe pequeno e doloroso - construiram o muro que hoje nos separa.
Você fez o que faltava para eu nunca mais querer te olhar nos olhos, e isso dói. Dói porque, no fundo, eu queria que tudo tivesse sido diferente, queria que você tivesse enxergado o valor de tudo que construímos. Mas não posso continuar me prendendo a alguém que insiste me afastar, que se mostra indiferente aquilo que um dia foi tão especial para nós.
Esse ponto final não é um grito de ódio ou de mágoa. É a constatação de que, para o meu próprio bem, eu preciso seguir em frente. Chegou a hora de respeitar o que ficou no passado e cuidar de quem sou agora alguém que merece paz, que merece reciprocidade e que não aceita mais migalhas de atenção. Hoje, eu coloco um ponto final definitivo. E, sinceramente, espero que um dia você entenda que o amor não é feito de jogos ou de descuidos. Ele precisa ser cultivado todos os dias, com respeito, cuidado e verdade.
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